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VOZÉTNICA

ESSAOUIRA

GNAWA MUSIC

A música gnawa consiste num rico reportório de música islâmico.africana com canções religiosas e espirituais. É um património bem preservado que combina poesia ritual com música tradicional e dança. A música é executada durante noites inteiras de festa, dedicadas à oração e cura, guiada pelo Maalem Gnawa, seu grupo de músicos e dançarinos.

Gnawa é plural de Gnawi, parece ter derivado do Hausa-Fulani Kanawa, que designava os moradores de Kano, a capital do emirado Hausa-Fulani, aliado próximo de Marrocos. Na linguagem marroquina os K são substituídos por G.

A história dos Gnawa está estritamente relacionada com a famosa guarda real marroquina Black Guard.A música Gnawa é uma das grandes correntes musicais em Marrocos, são altamente respeitados. As grandes castanholas de ferro (Qraqab) e o Guimbri são centrais para a música Gnawa. Podem usar também grandes tambores (Tbel).

Gnawas realizam uma liturgia complexa chamada Lila ou Derdeba. A cerimónia recria o primeiro sacrifício e a gênese do universo pela evocação das sete principais manifestações da atividade divina demiúrgica. Ele chama os sete santos e entidades sobrenaturais, representados por sete cores, como uma decomposição primitiva da luz original.

NEW DELHI

DANÇA DO VENTRE

É uma dança expressiva que se baseia em movimentos complexos do tronco. Originalmente era uma dança folclórica do Médio Oriente, evoluiu para assumir muitas formas diferentes, dependendo do país ou da região, tanto no estilo de traje como na dança.

A popularidade da dança do ventre se espalhou globalmente e novos estilos evoluíram no Ocidente. Em inglês designada belly dance, é uma tradução do termo francês danse du ventre, que foi aplicado à dança na era vitoriana, e provavelmente se referiu originalmente a bailarinos das tribos Ouled Nail da Argélia. Em árabe, a dança é conhecida como Raqs Sharki (dança oriental) ou Raqs Beledi (country dance ou dança folclórica)

Dança do ventre é principalmente uma dança do torso, com ênfase em articulações dos quadris. Ao contrário de muitas formas de dança ocidentais, o foco da dança é sobre o isolamento dos músculos do tronco, ao invés de movimentos dos membros através do espaço. Alguns movimentos podem parecer similares aos usados no jazz ballet, no entanto, eles são conduzidos de forma diferente e têm um sentimento diferente. Muitos dos movimentos característicos da dança do ventre podem ser agrupados nas categorias seguintes Movimentos de percussão - Movimentos de staccato, mais habituais nos quadris, usados para pontuar a música ou acentuar uma batida. Movimentos de percussão podem usar também outras partes do corpo, nomeadamente os ombros.

Movimentos fluidos - Movimentos sinuosos em que o corpo está em movimento constante. Usado para interpretar linhas melódicas e secções líricas na música, ou modulado para expressar improvisações instrumentais complexas. Estes movimentos exigem um grande controlo muscular abdominal.

Vibrações - Movimentos pequenos, rápidos e contínuos dos quadris.

Além destes movimentos do torso, outros movimentos podem ser usados como acentos ocasionais, pontapés baixos e arabescos e lança cabeça. Os braços são usados para enquadrar e acentuar movimentos dos quadris, para gestos dramáticos, e para criar linhas e formas bonitas com o corpo.

ORIGENS E HISTÓRIA DA DANÇA DO VENTRE NO MÉDIO ORIENTE

Acredita-se que a dança do ventre tem uma longa história no Médio Oriente, mas a evidência sobre as suas origens é escassa e alguns relatos parecem ser especulativos. Várias fontes gregas e romanas descrevem bailarinas da Ásia Menor e da Espanha usando movimentos ondulantes, tocando castanholas, afundando no chão com "coxas trémulas". No Império Otomano a dança do ventre era realizada por meninos e mulheres no palácio do Sultão.

Contexto social da dança do ventre no Médio Oriente

A dança do ventre no Médio Oriente tem dois contextos sociais distintos; como uma dança popular ou social, e como uma arte de desempenho. Como uma dança social, a dança do ventre (Raqs Baladi) ou (Raqs Shaabi) é realizada em celebrações e encontros sociais por pessoas comuns, homens e mulheres, jovens e velhos, em suas roupas normais. Em sociedades mais conservadoras ou tradicionais, esses eventos podem ser segregados, com homens e mulheres a dançar separadamente.

Historicamente, os performers de dança profissional eram os Awalim, Ghawazi e Koçekler. Na era moderna, as interpretes profissionais não são consideradas respeitáveis no Médio Oriente, e existe um forte estigma social ligado às artistas, uma vez que apresentam os seus corpos em público, o que é considerado pecado no islão.

SIEM REAP

TOKYO

KYOTO

CURIOSIDADE

Ainda que pareça estranho, foi durante a minha viagem ao Japão, que a guia chamou a atenção para o facto de Tokyo e Kyoto serem a mesma palavra, apenas com a primeira sílaba trocada, ou seja, a primeira sílaba de Tokyo, TO, passa para o fim da palavra, resultando, portanto Kyoto.

cartaxo de cana
cartaxo de cana
cartaxo de cana
cartaxo em acrílico
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cartaxos de cana
cartaxos de cana
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cartaxo em cartão
cartaxo em painel de cartão
cartaxo em painel de cartão
cartaxo de cana
cartaxo em metal
cartaxo em casca de noz
Painel de cartaxos em cana

CARTAXO

DERVICHE 

Etimologia da palavra; a palavra derviche deriva do francês derviche, a qual deriva do turco dervis, que por sua vez deriva do persa darvish. Significa literalmente "o que busca as portas". Os derviches são sufis islâmicos. O sufismo é uma corrente espiritual surgida na Pérsia (actual Irão) antes da era cristã, que se integrou posteriormente no islão e que engloba cerca de cinquenta milhões de pessoas em todo o mundo. O termo derviche provém, portanto, da palavra persa darvish, que era usada para denominar os ascéticos mendigos. O termo também era usado para referir-se a um temperamento imperturbável ou ascético, quer dizer, para uma atitude indiferente aos bens materiais. Um derviche é um membro de uma confraria religiosa muçulmana de carácter ascético (sufi). Usam trajes característicos e realizam rituais que podem ser a repetição de frases sagradas, a busca de um estado de hipnotismo ou danças giratórias. Estas danças estão associadas com a ordem de Mevlevi na Turquia, e que é utilizada para alcançar o êxtase religioso. Também são conhecidos como derviches giradores, porque têm uma cerimónia de dança-meditação chamada Séma, que consiste numa dança de homens acompanhada por música de flautas e tambores. Os derviches giram sobre si mesmos com os braços estendidos, simbolizando a ascendência espiritual libertos totalmente do ego. A dança dos derviches não é apenas rodar ao acaso. Cada movimento, cada gesto, simboliza alguma coisa. A mão direita coloca-se estendida ao alto com a palma dirigida ao infinito, a mão esquerda se dirige para a terra. Desta forma o bailarino se converte num mediador entre o céu e a terra, o infinito e o finito, a pessoa se esvazia para ser um canal do divino. Os derviches alcançam o êxtase místico graças à dança, símbolo do baile dos planetas. A dança é acompanhada de flautas, tambores, kamanché e saz turco.

O GRANDE FILÓSOFO SUFI IBN ARABI ESCREVEU

O meu coração abarca todas as formas.

Contém um prado para as gazelas, 

e um mosteiro para os monges cristãos.

Há um templo para os idólatras

e um santuário para os peregrinos.

Nele está a tabla da Tora

e o livro do Corão.

Eu sigo a religião do amor

e vou por qualquer caminho

por onde me leve seu camelo.

Esta é a verdadeira fé.

Esta é a verdadeira religião.

Existem várias maneiras de dançar o tanura (que significa dança, dançarina ou saia em inglês). Os diferentes elementos de tanura representam várias mensagens. É uma história que conecta homens ao divino, uma dança que se refere à relação da terra com o céu, o homem e Deus.

As saias redondas dos executantes realmente se referem ao círculo da vida ou do universo.

A base filosófica para a função é a partir da ideia que diz que o movimento no mundo começa em um certo ponto e termina no mesmo ponto, então o movimento tem de ser circular.

Quando o dançarino tanura se move, ele é como o sol e os dançarinos ao seu redor são como os planetas. O bailarino desamarra e remove quatro saias diferentes durante a sua dança, que simbolizam a sucessão das quatro estações, e seu movimento anti-horário é exatamente como o movimento em torno da "Kaaba" (o Santuário Sagrado em Meca). Quando o dançarino levanta o braço direito para cima e aponta o braço esquerdo para baixo, isso representa a união da terra e do céu juntos.

Quando ele se volta, diz-se que ele entra num estado de transe, tentando se tornar luz e subir ao céu.

DANÇA TANURA

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